O economista Arturo Vásquez Cordano, pesquisador da Gerents, expressou sua preocupação com a possibilidade de que, no Congresso da República, haja uma tentativa de desviar os recursos do FISE, que são usados para subsidiar a compra de botijões de gás para donas de casa, instituições de caridade ou refeitórios populares. Se o Congresso quiser usar o FISE para sustentar outro programa, o economista indicou que os recursos, sem dúvida, poderiam afetar o programa do vale FISE.

Referindo-se ao projeto de lei de massificação do Gás Natural em debate na Comissão de Energia do Congresso, Arturo Vásquez recomendou “garantir que as tarifas do gás natural sejam eficientes e competitivas com base em um subsídio cruzado, mas não usar os subsídios do FISE que concedem vales de desconto para a compra do botijão de GLP”. Ele acrescentou que atualmente existem 1 milhão e 100 mil domicílios que recebem vales de 25, 43 e até 63 soles para reduzir o custo dos botijões de gás.

“Por exemplo, são destinados 500 milhões de soles para os projetos de massificação do gás natural, 250 milhões de soles para os vales de desconto na compra de botijões de gás GLP, outros 250 milhões para o programa de economia de GNV, um mecanismo voltado para as conversões veiculares. O restante dos recursos é destinado a outros subsídios energéticos.

O orçamento do FISE é de 1,2 bilhão de soles. Se outro mecanismo (programa) for implementado, os recursos sairão de algum programa já orçado. O risco é que sejam retirados recursos do Vale FISE, que serve para a compra de botijões de gás doméstico”, algo que afetaria diretamente milhões de lares peruanos e organizações sociais beneficiadas com os vales FISE”, afirmou o especialista da Gerents.

Fonte: El Gas Noticias