Neste momento, na indústria do GLP, está sendo discutida entre os operadores a questão dos preços de venda do butano em garrafas e desde quando o produto é adquirido sem subsídio ou cota, em função da liberalização do setor proposta pelo governo de Javier Milei, e como essa intenção se adequa ao quadro imposto pela vigente Lei 26.020 do GLP.

Alguns afirmam que o valor de uma garrafa a preço livre poderia começar, como barata, em $7.500. Outros sustentam que esse valor poderia chegar entre $9.000 e $10.000. Enquanto os menos preveem um cilindro a $12.000. Todos concordam que, historicamente, uma garrafa foi vendida a 10 dólares em média.

Para deduzir essa factibilidade de possíveis preços, é necessário levar em consideração duas coisas: o preço da tonelada (TN) de butano a paridade de exportação e o valor do dólar.

Atualmente, o preço da tonelada de GLP (butano e propano) oscila entre 350 e $400, internacionalmente. Se tomarmos que o valor da tonelada é de $400 e o convertêssemos em pesos com um dólar a $820 (valor após a depreciação de 116%), resultaria em um preço de $328.000 por tonelada. Um pouco mais que o dobro da paridade que a Secretaria de Energia estabeleceu para o mês de dezembro.

Se esse valor da TN for transferido para o preço livre da garrafa de dez quilos, oscilaria em um valor de aproximadamente $9.800, para venda ao público.

Além disso, não podemos deixar de mencionar que a Lei 26.020 do GLP determina que o Estado deve estabelecer um valor de referência para o mercado interno.

A questão que deve ser levantada é qual seria a queda nas vendas. Alguns dizem que é um item de primeira necessidade, outros o comparam com a carne: quando sobe, o consumo cai e depois se recupera. No entanto, é preciso levar em conta que não será apenas o aumento da garrafa, mas um mesmo bolso terá que lidar com o aumento de itens essenciais como carne, transporte, medicamentos e alimentos em geral.

Fonte: AmericaGLP