Imagem: Staff Industry & Energy Magazine
O PRI solicitou a convocação de autoridades do setor energético para revisar o programa Gas Bienestar, apontando ineficiência, perdas milionárias, baixa cobertura e concorrência desleal.
A bancada do PRI na Comissão Permanente do Congresso da União solicitou a convocação da secretária de Energia, Luz Elena González; do diretor da Pemex, Víctor Rodríguez Padilla; e do titular do Gas Bienestar, Gustavo Álvarez Velásquez, com o objetivo de reavaliar o programa Gas Bienestar, que classificaram como ineficiente, arriscado e financeiramente insustentável.
O ponto de acordo apresentado pelos legisladores do PRI exige uma revisão integral do programa, a elaboração de um relatório público por parte da Pemex, um diagnóstico sobre seu impacto na concorrência do setor de gás, e uma auditoria sob responsabilidade da Auditoría Superior de la Federación (ASF).
O Gas Bienestar, criado em 2021 pelo então presidente Andrés Manuel López Obrador, tem gerado perdas contínuas desde seu lançamento. Segundo dados oficiais, entre 2022 e 2024 sua receita caiu de 254 milhões para 174 milhões de pesos. A iniciativa exigiu mais de 1,3 bilhão de pesos em investimentos em botijões, além de 300 milhões de pesos adicionais em 2024 apenas para manter sua operação.
Os senadores do PRI — entre eles Alejandro Moreno, Carolina Viggiano, Miguel Riquelme e Claudia Anaya — também questionaram o impacto social do programa, já que sua cobertura está limitada a nove distritos da Cidade do México (CDMX), bem distante da prometida expansão nacional.
Além disso, denunciaram falhas de segurança, como a explosão ocorrida em Gustavo A. Madero, que resultou na morte de uma mulher, e acusaram o programa de distorcer o mercado, por meio de assédio regulatório a distribuidores privados, bloqueios logísticos e inspeções arbitrárias.
O PRI exigiu prestação de contas e uma avaliação técnica e financeira do programa, que, segundo afirmam, representa um peso desnecessário para as finanças públicas.