GLP ganha espaço no mercado colombiano diante da escassez de gás natural e importações mais caras
A significativa redução na disponibilidade de gás natural nacional tem permitido que o GLP (gás em botijões) aumente sua demanda na Colômbia, especialmente a granel.
Dados da Associação Colombiana do GLP (Gasnova) indicam que, no primeiro semestre de 2025, a demanda por esse combustível cresceu 17% em relação ao mesmo período do ano passado.
“O GLP tem uma oportunidade clara de atuar como complemento ao gás natural e diversificar a matriz energética da indústria, na medida em que a disponibilidade da nossa oferta permitir”, comentou o presidente da Gasnova, Alejandro Martínez.
No entanto, a produção nacional de GLP também não é suficiente para atender a demanda dos colombianos, motivo pelo qual o setor tem recorrido a importações para complementar sua oferta.
Petrolífera dos Estados Unidos que desistiu do negócio de fracking na Colômbia agora busca competir com a Ecopetrol e a TGI para importar gás por La Guajira.
“A indústria afetada pela falta de gás natural voltou sua atenção para o GLP, que desde 2016 administra suas importações com maior flexibilidade e atualmente se mostra competitivo em relação ao gás natural importado”, acrescentou Alejandro Martínez.
Para garantir o abastecimento da demanda projetada, estão em andamento dois projetos para ampliar a infraestrutura de importação de GLP na Costa Caribe. Se necessário, esses projetos preveem fases adicionais de expansão para suprir a demanda decorrente da substituição de outros combustíveis, como o gás natural.
Estas são as empresas que terão um aumento de 20% na tarifa de energia elétrica por medida em preparação pelo governo Petro.
“Ainda que o GLP não tenha oferta suficiente para cobrir totalmente o déficit, ele atua como um complemento oportuno e confiável para diversificar a matriz energética do país e atender em parte às necessidades, principalmente da indústria”, afirmou o presidente da Gasnova.
Ele também destacou a necessidade de avançar no marco regulatório do encargo por confiabilidade, que remunere os investimentos em instalações portuárias e na infraestrutura de armazenamento estratégico, particularmente no sudoeste do país.
Além disso, ressaltou ser indispensável que o Governo Nacional destine os recursos necessários para cobrir os subsídios ao GLP durante o segundo semestre do ano.
Fonte: El Tiempo