FRISCO, Texas – Uma diretora de transporte de Illinois compartilhou como a implementação de ônibus escolares movidos a propano transformou a experiência dos alunos com necessidades especiais.
Recém-aposentada, Diana Mikelski tem 32 anos de experiência em transporte estudantil e, até este verão, atuava como diretora de transporte do Distrito Escolar Township High School 211, em Illinois, supervisionando 163 ônibus e 45 vans responsáveis por transportar quase 9.000 alunos por mais de 12.000 quilômetros a cada dia letivo.
Durante o almoço técnico da Conferência TSD patrocinada pela Blue Bird, Mikelski relembrou que a construção de um novo estacionamento obrigou a mudar o local onde os ônibus escolares eram guardados. Quando os motoristas ligavam os veículos a diesel, a fumaça invadia um prédio escolar próximo. A situação ficou tão crítica que o diretor correu para alertar os motoristas sobre o problema.
Buscando uma alternativa energética mais limpa, a equipe administrativa do distrito consultou distritos vizinhos e decidiu adotar o propano como novo combustível. Mikelski obteve a aprovação de um orçamento de US$ 1 milhão e o combinou com recursos de um subsídio da EPA para adquirir e implementar 15 ônibus a propano. Ela descreveu o processo como “tranquilo e eficiente”, em parceria com Blue Bird, ROUSH CleanTech, o fornecedor de combustível AmeriGas e outros prestadores locais.
Mikelski explicou que os ônibus a diesel mais antigos exigiam filtros e tratamentos adicionais de partículas, o que gerava mais trabalho e custos maiores. Contudo, os mecânicos do distrito se adaptaram bem ao novo sistema.
“Minha equipe se saiu muito bem. Se você consegue lidar com diesel e gasolina, consegue lidar com propano”, afirmou.
Atualmente, o combustível custa cerca de US$ 1,25 por galão, o que permite liberar recursos para climatização e outros benefícios nos ônibus.
Segundo Mikelski, os ônibus a propano trouxeram ganhos notáveis para os alunos com necessidades especiais. Uma professora de educação especial entrou em contato, surpresa, para informar que os alunos estavam chegando mais calmos, tranquilos e prontos para aprender. Descobriu-se que os ônibus a propano eram muito mais silenciosos que os a diesel, permitindo que motoristas e estudantes se comunicassem sem gritar. As crianças conseguiam ouvir as músicas que usavam para se acalmar, e algumas deixaram de precisar dos fones com cancelamento de ruído.
“Todos estavam mais tranquilos e felizes ao descer do ônibus e entrar na escola”, confirmou. “Foi uma melhora significativa.”
O editor da STN e moderador da sessão, Tony Corpin, lembrou que a palestra principal do sábado, apresentada por Betsey Helfrich, sobre aspectos legais como os Programas de Educação Individualizados (IEP), destacou que os pais que percebem esses benefícios podem solicitar ônibus a propano no IEP de seus filhos.
Além da redução do ruído, Mikelski observou que os alunos em cadeiras de rodas não precisavam mais improvisar cobertores para se proteger da fumaça tóxica do diesel durante o embarque, como às vezes acontecia. Ela também confirmou que os ônibus a propano não precisam ficar ligados por mais de 15 minutos para aquecer, mesmo durante os invernos rigorosos de Illinois.
“Esses ônibus estão funcionando de forma mais limpa do que qualquer outro atualmente”, afirmou, referindo-se aos baixíssimos níveis de óxidos de nitrogênio (0,02 g/bhp-h) certificados pelos sistemas de combustível de propano da ROUSH CleanTech. Ela acrescentou que Ford, Blue Bird e ROUSH CleanTech foram parceiros altamente confiáveis, e que não há preocupações com a operação no inverno.
Mikelski também desfez mitos comuns sobre o propano, como a ideia de que o combustível poderia causar explosões. Corpin destacou a natureza limpa, segura e de produção nacional do propano, amplamente utilizado para cozinhar em fogões e churrasqueiras. Mikelski chegou a fazer um teste com um lenço branco, mostrando que os escapamentos dos ônibus a propano não liberam fuligem preta, como acontece com modelos a diesel mais antigos.
“Saibam que há suporte disponível”, concluiu. “Esta é uma maneira muito simples de migrar para um combustível alternativo, sem grandes complicações no processo.”
Fonte: School Transportation News
