Imagem: AmericaGLP
Foram consultadas diferentes câmaras empresariais, bem como empresas do setor, que forneceram detalhes sobre o comportamento da demanda de GLP na América Latina em 2024.
Brasil
O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sérgio Bandeira de Mello, informou que as distribuidoras encerrarão 2024 com um aumento total nas vendas de 2%.
“Os volumes de vendas de GLP em botijões de 13 kg se mantiveram muito estáveis, com uma ligeira tendência de queda ao calcular as vendas totais até setembro. O GLP vendido em embalagens de maior porte cresceu quase 5%, destacando a importante competitividade do produto frente ao gás natural e outras fontes de energia, especialmente para os consumidores comerciais e industriais”, explicou Bandeira de Mello.
Com o mix de vendas estáveis nos botijões de 13 kg e o crescimento no segmento a granel, o mercado brasileiro manteve uma tendência de alta. Para o futuro próximo, é importante lembrar que a indústria de GLP do Brasil aguarda positivamente o lançamento do programa federal “Gás para Todos”, direcionado aos setores que ainda cozinham com lenha. Essa iniciativa governamental pode gerar uma demanda adicional de até 1,5 milhão de toneladas anuais, resultando em um crescimento de 20% no mercado de gás envasado e provocando investimentos de aproximadamente US$ 1 bilhão.
México
No México, o consumo em botijões (de uso residencial e com capacidade de 20 kg) cresceu entre 2% e 3% em relação ao ano anterior. Já o consumo pela indústria e pelo comércio aumentou 5% em relação a 2023.
O México possui cerca de 18 milhões de botijões de 20 kg, sendo essa modalidade responsável por 54% da demanda, de acordo com a Secretaria de Energia. No que diz respeito à demanda interna de GLP, 57,7% são consumidos no segmento residencial. Em seguida, vêm os setores de “serviços e comércio” com 15%, “autogás” com 14,6% e, por último, a indústria, com 10,9%.
Argentina
Este ano, o consumo de butano caiu entre 2% e 3% em relação ao ano passado, segundo os operadores. Isso significa que o total consumido ficou um pouco abaixo de 700 mil toneladas anuais.
Os meses de junho, julho e agosto registraram boas vendas devido aos dias muito frios. Já as quedas ocorreram, principalmente, entre setembro e dezembro, com percentuais variando entre 15% e 20%. O consumo de propano, por outro lado, manteve um padrão de comercialização semelhante ao do ano passado.
Chile
O mercado de gás envasado no Chile cresceu, entre janeiro e outubro, 5,5% em relação ao ano anterior. Um inverno mais frio e chuvoso impulsionou as vendas. Sem contabilizar os dois últimos meses do ano, tudo indica que esse percentual permanecerá inalterado. A recuperação das vendas foi positiva, pois altera a tendência dos dois anos anteriores, quando houve quedas entre 4,5% e 5%.
Uruguai
As vendas de GLP envasado em 2024 foram 2,5% maiores em comparação com 2023. Já o gás a granel teve um aumento histórico de 29% no mesmo período. O aumento expressivo deveu-se a uma “safra excepcional”, mas com grãos muito “úmidos”, que exigiram secagem obrigatória.
Colômbia
O consumo de GLP cresceu, em média, 4% em 2024 em relação a 2023. Durante este ano, o segmento que mais cresceu foi o GLP vaporizado em redes de distribuição, com 20,24%. Em seguida, vieram os botijões, com um crescimento de 7,34%, e, por último, a distribuição a granel ou em tanques estacionários, com apenas 1,01%.
Fonte: AmericaGLP