Em menos de cinco anos, o país importará 50% do GLP que consome anualmente.

A Unidade de Planejamento Minero-Energético (UPME), vinculada ao Ministério de Minas e Energia da Colômbia, publicou o documento do Plano Indicativo de Abastecimento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) para o período de 2025 a 2034, no qual aponta o declínio da produção nacional e a transição para uma forte dependência das importações.

Segundo a UPME, em 2024 as principais fontes de produção registraram 45.713 toneladas por mês. A projeção para 2025 é de 35.244 toneladas por mês; em 2026, 31.215 toneladas; em 2027, 23.138 toneladas; e em 2028, 19.622 toneladas mensais.

Como exemplo, o documento destaca que o campo de produção de Cupiagua reduzirá sua produção em 56% até 2028, evidenciando uma tendência significativa de declínio. Já a refinaria de Barrancabermeja terá uma queda de 44% em sua produção a partir de janeiro de 2027, atribuída ao crescente uso do GLP na produção de olefinas, com o objetivo de melhorar a qualidade dos combustíveis.

Com relação ao consumo, a UPME informa que, em 2014, o setor residencial consumiu 388.502 toneladas/ano de GLP, enquanto em 2024 esse número aumentou para 414.894 toneladas/ano. Em 2014, 68% do consumo anual de GLP na Colômbia foi atribuído ao setor residencial, seguido pelo setor terciário com 25%.

Já em 2024, a participação do setor residencial caiu significativamente para 55% do consumo total de GLP. Isso se deve, principalmente, à expansão do uso de fontes alternativas de energia para o preparo de alimentos e aquecimento de água nas residências, o que limitou o crescimento do GLP nesse segmento. Por outro lado, o consumo aumentou nos setores terciário e industrial, que vêm ganhando maior participação no mercado.

Fonte: AmericaGLP