A medida de pressão foi iniciada nas primeiras horas desta sexta-feira, na Refinaria de Cochabamba. Eles aguardam uma reunião com o ministro de Hidrocarbonetos nas próximas horas.

Distribuidores de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) protestam em frente à Refinaria de Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), em Cochabamba, exigindo um aumento no preço do botijão de gás. A mobilização começou nas primeiras horas desta sexta-feira.

A decisão ocorre após o Governo anunciar, na noite de quarta-feira, a eliminação dos subsídios e, com isso, definir um aumento no preço dos hidrocarbonetos, mas não no do GLP.

“Com esse decreto que o Governo lançou, nós não vamos conseguir chegar às donas de casa e às diferentes províncias do departamento de Cochabamba. Isso está nas mãos do ministro de Hidrocarbonetos, porque temos uma reunião às 8h30”, declarou à UNITEL Edilberto Arandia, representante da Câmara Nacional de Distribuidores de Gás.

O setor afirma que, com o preço atual do botijão de gás e o aumento do valor dos combustíveis, a distribuição corre risco, pois passariam a operar com prejuízo.

“Nós queremos um aumento. Com esse decreto não conseguimos sustentar nossa situação na comercialização. Temos veículos de transporte e de venda que utilizam cerca de 80% de diesel e 15% de gasolina; com esse decreto fomos praticamente fuzilados, mortos. Gostaria de pedir ao ministro de Hidrocarbonetos que reflita para que possamos chegar a uma boa solução”, afirmou.

Diante disso, os distribuidores suspenderam suas atividades nesta jornada em todo o departamento e afirmam que não sairão do local até que seja apresentada uma solução.

“Neste momento não estamos operando em todo o departamento de Cochabamba por causa do decreto 5503, porque ele atenta contra a economia de todos os distribuidores de GLP de Cochabamba”, declarou José Romero, representante da Câmara Departamental de Distribuidores de Gás.

Além disso, os caminhões-tanque que chegam para carregar combustível na refinaria e distribuí-lo aos postos de abastecimento encontram-se parados na área externa, pois não conseguem ingressar devido ao protesto do setor.

Fonte: eju.tv