O fenômeno da produção não convencional de gás natural de Vaca Muerta gerará um aumento na produção de GLP, com possibilidade de duplicar o volume atual até 2028, caso exista a infraestrutura de refino necessária.
Isso foi o que comentaram Alejandro Catalini, da YPF Gas, Santiago Patrón Costas, da Pampa Energía, e Javier Vivas, da Gasener, no painel de produção durante a 1ª Jornada Nacional do GLP.
Para Catalini, “hoje voltamos às 3.000.000 de toneladas (TN) de produção anual”, destacando que, pelo nível de produção de gás natural e pelo gás rico que emana de Vaca Muerta, é possível duplicar essa produção até 2028. Ele alertou que “hoje o processamento está no limite, porque a produção de gás natural cresceu 1,5% e a de condensados, 2,5%”.
Javier Vivas, por sua vez, comentou que “hoje é necessária uma infraestrutura maior para processar os condensados do gás natural de Vaca Muerta, sendo essencial encontrar um equilíbrio entre a evacuação e a demanda desse produto. Caso contrário, esses condensados acabarão se tornando, em algum momento, verdadeiros gargalos na produção”.
Para Vivas, o aumento da produção permitirá vislumbrar a projeção de um país que se torna não apenas um fornecedor regional, mas também um abastecedor de mercados internacionais, como o continente africano, a Austrália ou a África do Sul.
Esse salto exportador poderá ser alcançado “quando os navios ‘medium’ deixarem de buscar GLP, com capacidade de 22.000 TN, e passarem a ser substituídos por navios com o dobro dessa capacidade, de 44.000 TN, o que beneficiará a logística e gerará um preço diferente”.
Em sua exposição, Santiago Patrón Costas estimou que o crescimento da produção de gás continuará, o que aumentará o volume de “líquidos”. Ele destacou que entre os projetos futuros e sua implementação, como o de exportação de GNL entre a petrolífera PAE e a norueguesa Golar, a produção de GLP poderia aumentar entre 30% e 50% somente com esse projeto.
Fonte: AmericaGLP