Apesar do contexto de incerteza política e econômica que a Venezuela está vivendo, a Colômbia está fortalecendo seu plano para importar gás daquele país por meio do desenvolvimento de estratégias para garantir o abastecimento do recurso, afirmou o ministro colombiano de Minas e Energia, Andrés Camacho.
Nesse contexto, a Ecopetrol, a principal petroleira da Colômbia, apresentou seu plano de ação para os próximos dez anos, no qual projeta a importação de gás venezuelano para cobrir um déficit previsto de 80 Gbtud até 2025.
A Ecopetrol também estimou que 61 Gbtud viriam de gás local, enquanto a importação poderia atingir até 100 Bbtud do território venezuelano, com um aumento progressivo de entre 30 e 50 milhões de pés cúbicos diários.
A respeito disso, Ricardo Roa, presidente da Ecopetrol, apontou que estão sendo realizados trabalhos de restauração do oleoduto binacional junto com a Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA) e a Cenit.
No entanto, ele disse que um dos principais obstáculos é o gasoduto de 224 quilômetros que conecta ambos os territórios, pois se encontra deteriorado e inativo.
Por sua vez, Luz Stella Murgas, diretora do grupo industrial Naturgas, destacou a urgência de reparar esse duto e lembrou que há uma investigação em curso sobre o desaparecimento de vários trechos do mesmo.
Vale mencionar que, no contexto atual, a demanda de gás pode superar a oferta até 2028, ao mesmo tempo em que o presidente colombiano, Gustavo Petro, prometeu reduzir a produção de combustíveis fósseis e suspender novas licenças de exploração.
No ano passado, a Colômbia experimentou um aumento nas importações de gás natural liquefeito (GNL), devido ao fenômeno meteorológico El Niño, com um aumento de 2.506,1 por cento em comparação com 2022.
Fonte: Petroleo&Energía