Imagem: La Razón
O diretor da ANH garantiu o abastecimento de GLP no país. Houve um aumento de 20% na distribuição devido ao inverno.
O diretor da Agência Nacional de Hidrocarbonetos (ANH), Germán Jiménez, garantiu neste domingo o abastecimento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) para o país e informou que a produção deste combustível alcança 158.000 botijões por dia, enquanto a demanda é de 130.000.
Jiménez explicou que a produção de GLP na Bolívia provém de três fontes: das refinarias, das plantas separadoras de líquidos “Carlos Villegas” e “Río Grande”, e das plantas de produção.
“A produção, especificamente nas refinarias, é de quase 120 toneladas diárias, o que equivale, em média, a cerca de 12.000 botijões; a maior parte do GLP produzido na Bolívia vem das duas plantas separadoras, que produzem cerca de 120.000 botijões por dia, e as plantas de produção geram aproximadamente 20.000 botijões. Isso totaliza cerca de 158.000 botijões”, explicou em entrevista à Bolivia Tv.
A demanda do mercado interno é de 130.000 botijões por dia, o que corresponde a cerca de 1.300 a 1.350 toneladas métricas diárias.
Por departamentos
Jiménez também detalhou a demanda por departamento:
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La Paz: 410 toneladas de GLP por dia (cerca de 40.000 botijões)
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Cochabamba: 30.000 botijões
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Santa Cruz: 45.000 botijões
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Oruro: 8.400 botijões
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Tarija: 6.200 botijões
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Chuquisaca: 8.000 botijões
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Potosí: 8.700 botijões
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Beni: 4.700 botijões
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Pando: cerca de 1.000 botijões
“Isso soma um total de 1.300 toneladas métricas, ou 130.000 botijões, mas aumentamos esse volume em 20% no mês de julho por causa do frio”, disse Jiménez.
Contudo, a soma dos dados por departamento totaliza 152.000 botijões por dia, o que sugere uma demanda superior à estimada anteriormente.
Jiménez explicou ainda que as queixas registradas na segunda-feira anterior em Santa Cruz sobre falta de GLP não estavam relacionadas à escassez do produto, mas sim a uma reunião interna entre representantes da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e os distribuidores locais.
“Neste momento a distribuição ocorre normalmente”, garantiu.
Ele também informou que o país conta com 34 plantas engarrafadoras, responsáveis por verificar a condição do combustível antes de enviar os botijões às 134 plantas de distribuição, que repassam o produto através de 700 caminhões em todo o território nacional.
“Em julho, aumentamos o volume de distribuição em 20%, portanto, não deveria haver especulação”, ressaltou.
GLP nas fronteiras
Sobre as denúncias de contrabando de GLP para países vizinhos, Jiménez afirmou que em algumas nações uma garrafa boliviana pode custar até 150 bolivianos, o que torna o produto bastante atrativo para o comércio ilegal. No entanto, as fronteiras foram reforçadas para conter essa prática.
Segundo o diretor da ANH:
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Desaguadero (fronteira com o Peru): há apenas uma distribuidora, Axel Gas, que vende entre 120 e 125 botijões por dia — número inferior ao de 2024, quando a média era superior a 130.
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Yacuiba (fronteira com a Argentina): uma empresa comercializa 1.500 botijões diários.
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Pando (fronteira com o Brasil): a distribuição é de apenas 1.000 botijões por dia.
Jiménez reiterou que medidas de reforço nas fronteiras estão sendo implementadas para evitar a saída ilegal do combustível.
Fonte: La Razón