Tacna, Arequipa e Puno registram impactos severos no transporte e no comércio devido aos protestos contra o novo processo do REINFO.

Segundo informou a Confederação Nacional da Pequena Mineração e Mineração Artesanal do Peru, embora tenha sido decretada uma trégua de 24 horas na paralisação nacional para facilitar a instalação de uma mesa de diálogo com a Presidência do Conselho de Ministros, a situação do abastecimento de Gás Liquefeito de Petróleo em Tacna continua crítica.

Na cidade fronteiriça, os postos não conseguem atender à alta demanda dos usuários, mesmo com algumas carretas-tanque conseguindo entrar após o desbloqueio temporário de vias como a rodovia Panamericana.

De acordo com informações da entidade, o preço do GLP, que dias atrás superava os S/10, caiu para S/7,80, o que incentivou dezenas de motoristas a formar filas na esperança de conseguir abastecer. No entanto, a distribuição segue limitada e não garante o fornecimento contínuo para atender às necessidades da frota local.

Segundo apurou a imprensa local, em vários pontos da cidade registram-se longas filas, muitas delas formadas durante a madrugada e prolongadas até o meio-dia.

Em nível nacional, a paralisação dos mineradores gerou bloqueios que afetam não apenas o transporte de combustíveis, mas também de alimentos e medicamentos. Em regiões como Arequipa e Puno, as vias continuam bloqueadas, especialmente em áreas como Chala, Ocaña e Alto Siguas.

Paralelamente, foi divulgado que unidades transportadoras de oxigênio medicinal permanecem paradas, o que representa um risco sanitário grave, especialmente para hospitais que dependem dessas entregas. Instituições de saúde como o Hospital Nacional Carlos Alberto Seguin Escobedo alertaram que estão operando com níveis mínimos de reserva.

A entidade explicou que os protestos são motivados pela exclusão de mais de 50 mil trabalhadores do Registro Integral de Formalização da Mineração (REINFO), situação que desencadeou uma mobilização massiva em diversos corredores logísticos do país.

Por fim, o governo avalia medidas para restabelecer a ordem e garantir o livre trânsito. Embora em zonas como Nazca o tráfego já tenha sido restabelecido, outras regiões continuam em estado de alerta. Em Tacna, a população segue em busca de GLP e produtos básicos, enquanto se aguarda que a mesa de diálogo gere uma solução definitiva para a crise.

Fonte: Surtidores Latam – Milagros Cañete