Possibilidade do enchimento de botijão por marcas diferentes é vista como janela para adulteração por 93% da população.
A possibilidade do enchimento de botijão de gás por marcas diferentes é entendida como uma janela para a adulteração do gás liquefeito de petróleo (GLP) por 93% dos brasileiros.
O mesmo porcentual aponta riscos para a fiscalização se o botijão não for vendido cheio e lacrado, segundo uma pesquisa do Instituto Locomotiva antecipada à Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado .
O enchimento dos recipientes por marcas diferentes, ou seja, por outra empresa que não aquela que tem a marca gravada em alto-relevo, assim como a venda fracionada de gás de cozinha estão no radar da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
As propostas estão em evidência como parte da revisão do marco regulatório da distribuição e revenda de gás liquefeito de petróleo (GLP), de 2023.
Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, pontua que o preço do GLP importa para 85% dos entrevistados, ou seja, cerca de 127 milhões de brasileiros, mas a segurança importa mais 94%.
“O custo do erro em comprar um produto de baixa qualidade é muito alto para as famílias da classe C e D. E a população não percebe que a venda nos novos termos propostos deixará o produto mais barato”, disse Meirelles.
Segundo o presidente, a falta de um veículo próprio para ir até o ponto de abastecimento e o receio das pessoas em andarem pela cidade com botijões são aspectos que reforçam essa leitura.
A ANP diz que novas propostas para o mercado de GLP serão parte de uma futura resolução, cuja minuta será preparada e passará por consulta pública.
Além disso, estudos conduzidos com os seis distribuidores com maior participação de mercado indicam que a implementação do modelo de enchimento fracionado não aumenta o risco em comparação ao modelo.
Caso o cenário venha a ser adotado, diz a ANP, quanto à fiscalização, seria” incluído o rastreamento, inexistente no modelo atual, que traria vantagens no planejamento e na eficiência das fiscalizações que a ANP já realiza no mercado”.
Fonte: Agência Eixos