Imagem: El Universal
Empresas de gás ameaçam paralisação nacional na primeira semana de junho, caso o governo federal não autorize um aumento de 12 pesos no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).
As distribuidoras pediram à presidente Claudia Sheinbaum Pardo e à secretária de Energia, Luz Elena González, que convoquem uma reunião específica para chegar a acordos com o setor energético.
Operadores legais de GLP denunciaram que o teto de preços estabelecido desde 2021 gerou uma situação insustentável nos custos operacionais, resultando em demissões de trabalhadores.
Por isso, alertaram que “é uma questão de meses” até que comece o fechamento em massa de empresas.
No início de 2025, a Associação Mexicana de Distribuidores de Gás Liquefeito e Empresas Conexas (AMEXGAS) advertiu que a situação financeira do setor se agravou com a imposição da “Tarifa de Distribuição”, que provocou uma redução de até 50%, impossibilitando a cobertura de custos operacionais para a entrega domiciliar do gás, além de dificultar o pagamento de salários, combustível, manutenção de equipamentos, e o custo de insumos e serviços.
Além disso, os distribuidores de gás afirmam ter enfrentado bloqueios de permissões, regulações arbitrárias e tetos de preços que distorcem o mercado.
“A SENER não atua como um árbitro imparcial nem como promotora da legalidade, mas sim como um ator hostil frente aos que cumprem a lei. Essa postura persecutória tem gerado efeitos devastadores, como o fechamento de empresas de gás, demissões de trabalhadores, fuga de investimentos e enfraquecimento da infraestrutura privada – justamente no momento em que o Estado necessita de aliados estratégicos para garantir o abastecimento nacional. A estratégia de confronto não é apenas ineficiente, é irresponsável”, afirmou o setor em comunicado.
Nesta sexta-feira, Sheinbaum Pardo foi questionada sobre a crise do gás que está prestes a explodir e ordenou à secretária de Energia que tratasse do tema. No entanto, até o momento, não houve nenhuma convocação para iniciar o diálogo, lamentaram os representantes do setor.
A proposta das empresas se concentra em um aumento de 12 pesos na tarifa do GLP, “a fim de garantir uma distribuição segura e contínua”.
As empresas afetadas lembraram que o GLP abastece cem milhões de mexicanos e é o combustível predominante para cozinhar e aquecer água em 76% dos lares do México, por isso pediram à secretária de Energia, Luz Elena González Escobar, que atenda ao seu chamado e evite a paralisação nacional prevista para a primeira semana de junho.
“Ou nos escutam e chegamos a um acordo para reestruturar o preço do GLP, ou fechamos as empresas – com a trágica demissão de milhares de trabalhadores”, advertiram.
Fonte: El Universal