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San Salvador (AP) — Uma empresa turca investirá 1,615 bilhões de dólares para modernizar e operar durante 50 anos dois portos em El Salvador, conforme anunciado no domingo pelo presidente salvadorenho, Nayib Bukele.

Bukele publicou um vídeo na rede social X no qual anunciou que havia iniciado a terceira fase de seu plano econômico com o investimento da empresa Yilport Holdings Inc., destinado a modernizar o porto de Acajutla e ativar o porto de La Unión, onde atualmente grandes cargueiros não podem operar.

A terceira fase “começa com o maior investimento privado já feito em El Salvador”, garantiu Bukele.

O investimento de 1,615 bilhões de dólares será realizado em várias etapas através de uma sociedade de economia mista formada pela Yilport Holdings e o governo, segundo informações. Primeiramente, a infraestrutura do porto de Acajutla será melhorada com a compra de novos equipamentos para reduzir os tempos de resposta portuária de forma imediata.

Posteriormente, uma nova infraestrutura será construída no porto de Acajutla com o objetivo de triplicar a capacidade do terminal.

O porto de Acajutla está localizado no departamento de Sonsonate, no oeste do país, e é a principal plataforma marítima de El Salvador para a exportação e importação de matérias-primas e produtos acabados. Na área também se encontra uma planta de gás natural liquefeito.

No porto de La Unión, construído em 2008 na região oriental do país, será realizada uma obra de dragagem para receber navios de grande calado e ativar o terminal, além de comprar equipamentos modernos como guindastes, carregadeiras e retroescavadeiras.

O governo descreveu o investimento privado como uma conquista obtida por Bukele após sua visita à Turquia em 2022.

No último dia 1º de junho, ao assumir a presidência de El Salvador para um segundo mandato de cinco anos, Bukele destacou que as autoridades haviam conseguido vencer as temidas gangues que por mais de três décadas aterrorizavam os salvadorenhos e anunciou que se concentraria na economia.

Em 2015, El Salvador era considerado um dos países mais violentos do mundo, com 6.656 homicídios, uma taxa de 106 mortes violentas para cada 100.000 habitantes.

Em 2023, o país encerrou o ano com 214 homicídios, incluindo 38 mortes de supostos membros de gangues em supostos confrontos com policiais ou militares. No que vai deste ano, a polícia registrou 87 homicídios, que incluem a morte de três supostos criminosos também em supostos confrontos com a polícia ou as forças armadas.

Fonte: La Nación