Fonte: El Heraldo

Quais são os números? Para verificar a produtividade das empresas privadas e produtivas do estado, é necessário medi-las pelos seus resultados. Vamos dar uma olhada. A Petróleos Mexicanos (PEMEX), liderada por Octavio Romero Oropeza, teve uma boa sequência na conquista do mercado nacional de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), pelo menos o crescimento em suas vendas mostra isso e a importância que isso tem para a auto-suficiência energética, já que é o combustível consumido em mais de 70% dos lares do país.

Em fevereiro deste ano, a empresa estatal vendeu um total de 194.100 barris de GLP por dia, o que representou um aumento de 22% ou 35 mil barris a mais, em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

O crescimento reportado pela PEMEX na distribuição deste combustível tem sido constante nos últimos cinco anos, pois sua participação nas vendas de GLP aumentou 25% de 2020 a 2023, graças a uma maior produção e à sua estratégia de vendas que conseguiu recuperar clientes. Segundo dados da empresa, em 2020, ela cobriu 49,7% da demanda nacional de GLP, enquanto no ano passado vendeu 62,1% de tudo o que foi consumido no país.

Romero Oropeza destacou que houve uma melhoria na qualidade do atendimento aos clientes, bem como preços competitivos, o que lhes permitiu uma importante recuperação no mercado nacional.

Enquanto isso, em termos de produção, em fevereiro a PEMEX processou 104 mil barris por dia, o que representou um aumento de 9,4% em relação ao ano anterior.

A atual administração continua trabalhando na estratégia de auto-suficiência energética, que visa reduzir a dependência de compras do exterior e fortalecer o abastecimento do mercado interno. O importante é alcançá-lo.

E embora ainda esteja em espera quem será o sucessor do presidente Andrés Manuel López Obrador, ele já enviou uma mensagem clara à sua candidata para que continue com a estratégia de não vender petróleo bruto, processar toda a matéria no território nacional e garantir o abastecimento do mercado interno. A questão é se ela seguirá esse conselho.

APOSTA SUSTENTÁVEL

Sem dúvida, a sustentabilidade tornou-se um fator-chave para o sucesso empresarial atual. O Grupo Martex, liderado por Santiago Martí Ascencio, uma empresa têxtil mexicana com 90 anos de experiência, exemplifica como o compromisso sustentável não é apenas ético, mas também rentável. Com um aumento de 45% na receita, a empresa ilustra como práticas sustentáveis podem impulsionar o crescimento econômico e a competitividade global.

Este avanço é atribuído principalmente ao foco estratégico da empresa em três áreas fundamentais: social, ambiental e econômica, impulsionado pelo nearshoring. Em termos sociais, têm sido priorizadas práticas de trabalho justas e apoio às comunidades locais, beneficiando mais de 3.000 famílias em Guanajuato com serviços como creche, transporte e refeitório.

No que diz respeito à sustentabilidade ambiental, a empresa de Santiago Martí adotou medidas para o uso eficiente de recursos naturais e a incorporação de energias renováveis, tornando-se líder na luta contra a escassez de água e a poluição. Economicamente, tem investido em inovação e desenvolvimento tecnológico, utilizando o nearshoring para melhorar a eficiência de sua cadeia de suprimentos e reduzir custos, o que tem impulsionado a demanda por produtos mexicanos no mercado global.

NEGÓCIOS FEITOS NO MÉXICO

Existem empresas que competem como multinacionais. Não podemos esquecer que a Luuna, a marca mexicana fundada por Carlos D. Salinas, Guillermo Villegas, William Kasstan e Laurén Maire, dedicada à fabricação de produtos para o descanso, está fazendo movimentos relevantes. Em pouco tempo, inaugurou sua loja número 100 no país e em outubro passado abriu sua primeira fábrica com um investimento de 25 milhões de dólares.

Literalmente, está superando seu concorrente europeu e seu modelo de negócio é que a Luuna opera sob um sistema híbrido e multicanal, e com esta nova loja, localizada no Parque Toreo, no Estado do México, terá presença em 30 estados da República Mexicana, somando-se aos mais de 300 pontos de venda, incluindo lojas de departamento.

Por enquanto, a empresa tem como objetivo continuar expandindo-se no território nacional e no mercado brasileiro, onde ingressou em 2022. No México, busca encerrar 2024 com 130 lojas e se propôs a ser a marca líder da categoria no México até 2026. Uau!

AGRICULTURA 4.0

Para o México, a agricultura é um dos setores com maior potencial e ainda mais agora com o nearshoring, principalmente nas regiões norte e Bajío, devido à sua competitividade global na agroindústria e agricultura protegida.

Wendele van der Wiele, Conselheira de Agricultura e Natureza no México e Cuba, na Embaixada dos Países Baixos no México, afirma que tudo isso foi impulsionado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, pois as empresas holandesas estão buscando outros destinos de investimento e, nesse sentido, veem o México como um parceiro confiável.

Como resultado, até hoje, mais de 75 empresas dos Países Baixos estão registradas com investimentos em Querétaro e apenas na quarta edição da GreenTech Americas, realizada de 25 a 27 de março, houve um aumento de 20% no número de participantes, que tiveram a oportunidade de estabelecer relacionamentos comerciais, conhecer tecnologias de ponta e se inspirar com os líderes da indústria agrícola de ambiente controlado a nível nacional e internacional.

Porque os mexicanos devem reconhecer que os Países Baixos são conhecidos por sua inovação na agricultura protegida, e aqui, diante da falta de água e seu impacto no campo