O encontro reuniu no Rio de Janeiro autoridades, profissionais e líderes empresariais de diferentes países da região para debater temas de impacto para o setor.
O 37º Congresso da Associação Iberoamericana de Gás Liquefeito de Petróleo (AIGLP) concluiu, após promover um ciclo de debates em torno de temas cruciais, entre os quais se destacaram a economia, a inovação, o futuro e a pobreza energética na América Latina. Segundo informações da organização para Surtidores Latam, paralelamente ao evento, realizou-se uma feira com a participação de 74 empresas expositoras do setor de GLP.
Na abertura do congresso, Rodolfo Saboia, diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), teve seu momento destacado e relatou: “O GLP pode contribuir neste momento de transição energética, que depende de inovações. É uma indústria muito bem-sucedida que consegue atender a um mercado desigual e enorme em extensão territorial, com presença em todos os municípios”, assinalou.
Este encontro contou com especialistas que abordaram temas atuais. Nesse sentido, o diretor da ANP, Daniel Maia, abordou o impacto social da regulação e a necessidade de políticas públicas que considerem o empobrecimento da população e promovam a equidade no acesso ao GLP.
Por sua vez, foram analisados programas que funcionaram, como o da Índia, para combater a pobreza energética, bem como a importância de destinar recursos especificamente para este fim, como destacou o professor da FGV, Carlos Ragazzo.
Também foi debatido o papel do GLP na matriz energética futura, destacando a necessidade de incentivar investimentos a longo prazo em infraestrutura e de observar a regra do mercado para estimular o crescimento da produção e distribuição.
Além disso, foram apresentados casos de sucesso, como os terminais marítimos no Chile, e discutida a importância dos recursos na competição do mercado e a necessidade de garantir segurança regulatória para atrair investimentos.
Por sua vez, o presidente da AIGLP, Aurélio Ferreira, ressaltou a relevância do GLP como uma energia fundamental que impacta positivamente na vida de milhões de pessoas na América Latina.
A partir da AIGLP, foi expresso que no encerramento do Congresso, Ferreira fez dois anúncios. O primeiro foi sobre o recorde de participação desta edição, com mais de 600 participantes, representando 17 países.
“Pudemos discutir e nos concentrar profundamente em temas da indústria de GLP no continente latino-americano. Tivemos excelentes debates”, resumiu Ferreira, agradecendo a todos os conselheiros, patrocinadores, expositores e membros, entre outros.
O segundo anúncio foi o convite para o próximo Congresso, em 2025, no Rio de Janeiro, mas com uma inovação: será em conjunto com a Associação Mundial de GLP, que representa mais de 125 países. “Será um evento de alcance internacional sobre o mercado de GLP. O Congresso será em setembro para contemplar ambos os hemisférios”, concluiu.
Fonte: Surtidores LATAM