A Unidade de Tratamento de Gás da Petrobras em Caraguatatuba – UTGCA, localizada no litoral norte de São Paulo, bateu, em 2023, recorde anual de produção de GLP (gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha), com 697.865 m³ (361.110 toneladas). Para se ter uma ideia desse número, ele é equivalente a mais de 27 milhões de botijões de gás de 13 kg.
Esse recorde fecha um ano de bons resultados da unidade. Em julho, o recorde mensal de produção foi superado, com 72.442 m³ (37.446 toneladas). O recorde anterior era de 36.409 toneladas, registrado em outubro de 2022. Também em julho, a UTGCA atingiu a maior proporção histórica diária de processamento na camada do pré-sal, alcançando 73%.
“Esse recorde se deve ao melhor aproveitamento das correntes de hidrocarbonetos de cadeia mais longa. Em outras palavras, isso significa que a unidade recebeu um gás mais adequado para formar o GLP e ainda trabalhou com um ajuste mais otimizado para a formação desse produto”, explica o gerente executivo da área de Processamento de Gás da Petrobras, Wagner Felicio.
As unidades de processamento recebem gás proveniente de plataformas marítimas, tanto do Pré-Sal quanto do Pós-Sal, a partir de tubulações denominadas de rotas de escoamento, que interligam os campos de produção em mar até as unidades em terra. Após o tratamento na unidade de processamento, esse gás é separado em três produtos: gás natural, porção mais leve da mistura; GLP (gás de botijão); e o C5+, porção mais pesada, sendo um produto intermediário cujo processamento é finalizado na Refinaria Henrique Lage – Revap, em São José do Campos (SP).
O aumento da proporção de gás do pré-sal no processamento da unidade trouxe importantes benefícios para a produção. A melhoria na utilização dos ativos de processamento contribui decisivamente para a produção de óleo e gás da Petrobras e para uma oferta maior ao mercado.
Sobre a UTGCA e o caminho do gás – A Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA) está instalada no município paulista de Caraguatatuba. A unidade tem capacidade para processar diariamente até 20 milhões de m³ de gás natural, oriundo de diversas plataformas, interligadas à Plataforma de Mexilhão (PMXL-1), instalada a cerca de 140 quilômetros da costa. De lá, o produto chega à UTGCA por meio de um gasoduto. Depois do processamento na UTGCA, outro gasoduto leva o gás natural até a cidade de Taubaté (SP), de onde é lançado na malha de gasodutos da Petrobras, seguindo para distribuição. O GLP e o C5+ são enviados para São José dos Campos por meio dos oleodutos Caraguatatuba-Vale do Paraíba (Ocvap I e Ocvap II, respectivamente), de onde são distribuídos ao mercado.
Fonte: TN Petroleo