Fonte: Brasil Energia Online
Proposta contida no projeto de lei 9.550/2018, elevará preços em cerca de 50%, segundo LCA
A proposta de enchimento fracionado dos botijões de gás liquefeito do petróleo (GLP) não é viável e pode elevar ainda mais os preços aos consumidores residenciais, vendido no recipiente de até 13 kg. É o que revela o estudo apresentado pela LCA Consultores no congresso da Associação Ibero-Americana de GLP, nesta quinta-feira (22/3), no Rio de Janeiro.
A economista Claudia Viegas afirmou que o único cenário onde esse tipo de atividade pode ser viável seria quando o distribuidor tiver a possibilidade de atuar no preenchimento de recipientes que não são apenas de sua responsabilidade e cobrando um preço ao consumidor final que pode chegar a 50% a mais com relação ao que é praticado hoje.
“Essa proposta não tem vigor e mostrará sempre um cenário negativo”, disse ela. De acordo com o estudo, diversos fatores foram considerados no cálculo da simulação. Entre eles está a frequência com que o distribuidor teria de rodar pela cidade; o tempo de atendimento ao consumidor; o preço e o volume vendido, em quilos.
Segundo Claudia, além de levar ao aumento de preços, pode ainda elevar a frequência da compra do GLP e os consumidores podem hoje optar pelo pagamento do botijão de forma parcelada no cartão de crédito, o que não justifica a venda parcelada do produto.
O presidente do Sindigás, Sérgio Bandeira de Melo, disse que essa proposta – criada sob a justificativa de dar mais competitividade ao setor – não é factível e ressaltou que, embora o mercado esteja concentrado em quatro grandes distribuidoras, há concorrência. De acordo com ele, a proposta não deve ser aprovada e não há escala para que seja aprovada no Congresso Nacional.
O projeto de lei, de autoria do deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), foi apresentado no último dia 7/2, e foi encaminhado para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), no último dia 26/2.