Em entrevista à AIGLP, o diretor-executivo da Egsa, Adolfo Luis Vicentim, faz uma breve avaliação do mercado brasileiro de GLP, aponta as demandas futuras da indústria e explica como a empresa está se preparando para responder aos desafios na sua área de atuação.
A indústria de GLP está em constante mudança. Como a Egsa se prepara para inovar?
Para a Egsa, é fundamental participar de encontros com outros players do setor porque passamos a entender melhor como funciona essa indústria que é tão essencial e dinâmica. Esse conhecimento nos ajuda a crescer em diferentes áreas, como exportação, e a ter uma visão do que os clientes querem no futuro. Essa interação com os clientes é essencial. Nosso principal negócio é a fabricação de tanques domésticos, alto tanques, carretas e tanques estacionários. Temos outras empresas – a Fluxos, que cuida de toda a parte de revenda, importação e venda de produtos novos, e a Millenium, que faz a parte de pós-venda e serviços.
Quais são as demandas futuras da indústria?
Tanques maiores para facilitar a solução para os clientes estocarem gás e distribuírem gás, com um custobenefício interessante. Nem sempre uma tecnologia mais avançada resulta em um custo final mais alto. Trabalhamos muito com soluções inovadoras de forma que não tenha custo alto para os clientes, porque hoje o setor não tem margem para pagar produtos caros. Então, procuramos aliar novidades sem agregar custo para os clientes.
Qual a sua avaliação sobre o mercado brasileiro de GLP?
Hoje, sentimos que o mercado está mais retraído, mas acreditamos que volte a crescer este ano. Como somos uma empresa certificada, vendemos para toda a América Latina e África. Sempre tem um mercado que está crescendo mais e outro que está retraído. E isso nos possibilita desenvolver e buscar novas soluções para as diferentes necessidades dos clientes.
De que forma a infraestrutura afeta o setor de gás?
Esse é um ponto crítico para um setor como o de gás. Vai chegar a hora em que o país terá obrigatoriamente que investir em infraestrutura. Se a legislação for revista e permitir novos usos, como República Dominicana e Colômbia, países para os quais exportamos, haverá um crescimento bastante significativo. Mas primeiro, teremos que ter estrutura de abastecimento para ter GLP e produto para atender as novas demandas. Quando nossos clientes vierem a precisar de GLP para atender a demandas resultantes de novos usos, nós queremos estar preparados para ter a solução.